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Clube Europeu AEASC

20/11/2015

REFUGIADOS

Os alunos do clube da Europa da EB 2,3 de Vila Caiz estiveram a pesquisar e analisar notícias sobre o elevado número de refugiados que diariamente têm chegado aos países do sul da Europa e  que depois deslocam-se para outros países, atravessando fronteiras e enfrentando muitas dificuldades.

Refugiados são todas as pessoas que, em razão de fundados medos de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa de medos, não pode ou não quer regressar ao mesmo.

 ACIDENTES NO MEDITERRÂNEO
No Início de novembro, mais uma tragédia aconteceu na travessia do mediterrâneo, pelos refugiados. Morreram 14 pessoas no naufrágio de um barco de madeira que tentava chegar à ilha grega de Lesbos, vindo da Turquia. Sete dos mortos são crianças. A embarcação partiu do Noroeste da Turquia em direção à Grécia, mas acabou por se afundar a cerca de oito quilómetros de Lesbos, o principal ponto de entrada na Europa. A guarda costeira turca conseguiu resgatar 27 pessoas.
O barco afundou-se devido a uma tempestade. À medida que o Inverno se vai aproximando, também as condições de navegação no Mediterrâneo pioram. Os líderes europeus esperavam inicialmente que o mau tempo reduzisse o número de chegadas de refugiados e migrantes à Europa, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.
Mais de 3400 pessoas morreram ou desapareceram na viagem para a Europa só este ano, de acordo com os últimos números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, até agora incapaz de unir a Europa em torno de um projeto comum de asilo, alertou em Outubro para a chegada do frio e do mau tempo, dizendo que, sem ajuda, refugiados e migrantes podem morrer a caminho do Norte da Europa, por regra o principal destino de quem chega ao continente. (Agência turca de informação, Dogan).

HUNGRIA
“Se deixarmos entrar toda a gente, será o fim da Europa”, diz Orbán, 1.º ministro húngaro. No dia 3 de setembro de 2015, a Hungria encheu um comboio com refugiados que queriam ir para a Alemanha, mas fê-lo parar junto a um campo, para obrigá-los a registarem-se.
Imigrantes desesperados, depois de passarem vários dias na estação à espera que os comboios os levassem para a Áustria e Alemanha, atiraram-se à linha férrea e bateram-se corpo a corpo com polícias húngaros na estação de Bickse, a cerca de 35 km de Budapeste. Viram-se cenas de desespero, pais e mães com bebés de poucos meses a deitarem-se na linha, recusando-se a entrar nos autocarros e carros de polícia que os esperavam.

Na Hungria, a partir de setembro as autoridades começaram a impedir a entrada de migrantes e refugiados através da fronteira com a Sérvia, construindo um muro de arame farpado, ao longo de 175 Km, junto à ferrovia.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados manifestou preocupação, “todos os países devem ser livres de proteger as suas fronteiras, mas o encerramento das fronteiras húngaras retira os direitos àqueles que procuram asilo no país. É "muito importante" que não sejam colocadas barreiras às pessoas que fogem   da guerra, alertou o porta-voz Erno SImon.
Mas, cerca de 15 polícias fardados de azul colocaram-se junto ao muro e da ferrovia, impedindo a passagem de milhares de migrantes que pretendiam entrar na Hungria, enquanto outros polícias estendiam arame de um lado ao outro da via. Os migrantes procedentes da Sérvia que ali chegaram começaram a chorar ao ver que a passagem lhes estava vedada. A nova lei de imigração da Hungria, que prevê penas de prisão de três anos para quem entrar ilegalmente no país. (segundo a agência francesa AFP).


CROÁCIA E ESLOVÉNIA
Como deixaram de poder passar pela Hungria, os refugiados dirigiram-se para a Croácia e Eslovénia, onde em meados de setembro, já se encontravam mais de 9 mil refugiados, que querem seguir para a Áustria e Alemanha. Estes países, ativaram os mecanismos de proteção civil da União Europeia para pedindo apoio material aos parceiros comunitários. Uma representante da Cruz Vermelha eslovena explica que “a curto prazo, a situação está controlada: há roupa e cobertores suficientes e estão a ser distribuídas bebidas quentes e comida. O problema é a longo prazo”. O ministro croata do Interior anunciou que um novo centro de acolhimento de Inverno, com capacidade para receber mais de 5 mil, deverá estar pronto a 2 de novembro.