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Clube Europeu AEASC

26/12/2015

TRADIÇÕES DE NATAL EM ALGUNS PAÍSES EUROPEUS

O Natal tem duas origens: as tradições familiares do Cristianismo misturadas com as tradições Pagãs preexistentes à era cristã. Hoje, as tradições natalícias são cada vez mais parecidas em todo o mundo e os países europeus não fogem à regra. Esta quadra começa-se a preparar com pelo menos um mês de antecedência. Nesta época do ano, acontecem os conhecidos mercados de Natal, que encantam as noites frias de inverno no oeste europeu, e a maioria permanecem até os dias 23 ou 24 de dezembro. Fomos procurar que tradições se mantêm em alguns países.
Finlândia
As famílias comem antes de chegar o Pai Natal. “Joulupukki” o verdadeiro Pai Natal, usa sempre a porta para entrar e, quando chega, pergunta às crianças se se portaram bem e de seguida entrega os presentes. As refeições tradicionais são: fiambre; batatas gratinadas; salmão; mingau de arroz e peru. Uma das suas peculiares tradições é que depois do jantar as pessoas vão ao cemitério oferecer velas aos seus falecidos. Depois, vão à sauna, por onde passa o Pai Natal.
Alemanha
No dia 6 de Dezembro comemora-se o dia de S. Nicolau. Nessa noite, as crianças colocam um sapatinho ou uma bota à porta de casa. Na manhã seguinte têm o sapato recheado de pequenos presentes. Um dos mais tradicionais doces da época natalina é o Plätzchen, bolachinhas dos mais variados tipos e formas e enfeitados de várias maneiras. A sua preparação exige das famílias alemãs muitas horas na cozinha. O Natal para os alemães é uma comemoração cheia de simbolismos e tradição, é essencialmente uma festa para reunir a família. 
Hungria
As famílias trocam presentes como é habitual em todos os países, mas todas as famílias vão juntando dinheiro durante o ano para doar presentes aos mais necessitados no natal. As refeições de Natal contêm a sopa de peixe, no prato principal pode conter peixe e de carne pode ter frango ou porco acompanhado de repolho recheado e outros pratos, para terminar a refeição comem-se pãezinhos de sementes de papoila ou doces húngaros.
Polónia
Na polónia, na noite de Natal, não comem carnes vermelhas mas sim peixes, acompanhados de vinho branco, sopa de cogumelo, pão, doces de mel e torta de sementes de papoula.
República Checa
Quatro semanas antes do Natal já começam a aparecer as feirinhas de natal por toda a cidade de Praga. Tem artesanato para quem se interessa, mas o mais importante é a comida. Uma das maiores e mais visitadas é a feira de Natal de Staromětské Naměstí, a praça do antigo centro da cidade, que tem a vantagem de ficar perto do relógio astronómico e da árvore de Natal gigante que está no centro. A de Náměstí Míru é muito boa, porque não é tão lotada como a da Staroměstské naměstí e, como não é tão frequentada pelos turistas, tem coisas mais baratas.
Roménia
No dia 24 de dezembro os romenos vão às casas de familiares e de amigos cantar ou cantam pelas ruas, transportando estrelas e pinturas bíblicas. O líder da família costuma levar uma estrela chamada Steaua que é a estrela da sagrada família. Uma outra tradição e aquela em que um romeno veste-se de urso e os outros acompanham-no com fantasias. Eles vão pelas casas e pelas ruas recebendo vinho, frutas e dinheiro. Diz-se que aqueles que assistirem terão sorte. Isto realiza-se entre os dias 24 e 30 de Dezembro. Os mais idosos celebram o Natal a 7 de janeiro devido às antigas tradições.
 Suécia
Na véspera de Natal, durante a ceia, ou melhor, Julbord (como é chamado o jantar de Natal) é servido um smorgasbrod, uma espécie de Buffet com vários pratos: pé de porco recheado, bacalhau seco em molho de batatas, pudim, arroz e pão. Um dos costumes comuns na ceia é o doppai grytan (molhar na panela), em que cada pessoa molha pedaço de pão escuro numa panela com restos de porco, gordura, enchidos e carne, para lembrar os pobres e famintos.  Os suecos também costumam colocar presentes debaixo da árvore de Natal, sendo que após a ceia, eles são abertos. Lá o Pai Natal chama-se Julomten, um gnomo que vive no celeiro e tem como função cuidar da casa e dos animais. 
 Reino Unido

A Noite de Natal no Reino Unido envolve muitos brindes e bebidas! Para as crianças a véspera de Natal é um momento emocionante, um sentimento que todos os pais podem reviver. As crianças penduram a sua meia e animadamente tentam dormir, sabendo que o Pai Natal, pela manhã irá visitá-los, deixando presentes. É comum eles deixarem em cima da mesa de refeições alguns pastéis de carne e leite para o Pai Natal e algumas cenouras para as suas renas (motivo de brincadeira que ajuda na ilusão das crianças por esta época).
Os doze dias do Natal é uma celebração cristã que começa no dia de Natal e dura até 06 de Janeiro. Comemora-se o nascimento de Jesus Cristo, como Filho de Deus. É um período de festa, e embora não seja estritamente praticada como uma celebração de 12 dias eles têm como tradição desmontar a árvore e as decorações até dia 6 de Janeiro. 
A mensagem de Natal feita pela rainha também tem um papel muito importante, no dia de Natal, enquanto a maioria está a tentar digerir o almoço de Natal, a rainha Elizabeth faz o seu discurso para a Grã-Bretanha e para todo o mundo, a Commonwealth. Esta tradição começou em 1932, quando o Rei George V fez um discurso, que iria começar a fazer parte integrante do dia de Natal na Grã-Bretanha. 
Itália
O Natal para os italianos representa simultaneamente o nascimento de Cristo e o nascimento do "Sol Indómito". Na maioria das localidades, a ceia de Natal consiste em peixe. Em Roma, o prato tradicional da noite de Natal é o "Capitone", uma enguia grande, assada ou frita. A norte de Roma, os pratos tradicionais são carne de porco, linguiça com pernil e lentilhas, ou peru com castanhas. Também muito comuns na Itália são os doces de Natal. Para começar, o "panetone" (bolo com frutas cristalizadas e passas) e o "panforte" (pão de gengibre com avelãs, mel e amêndoas). Todos os biscoitos, bolos e doces italianos contêm amêndoas e outros, nozes.
 Espanha
Na Espanha a celebridade do Natal não é Pai Natal, mas os Reis Magos e os presentes são distribuídos no dia 6 de janeiro. Na noite do dia 5 de janeiro ocorre a Cavalgada dos Reis onde desfilam montados em cavalos e atiram pequenos presentes e doces para as crianças que ficam alinhadas nas ruas para saudar suas majestades. Nessa noite come-se o “roscón de reyes”, uma rosca com frutas secas que pode ser recheada com nata e que contém um bonequinho escondido que simboliza o menino Jesus. Depois de comer o “roscón”, as crianças põem os sapatos na porta antes de ir dormir para que os Reis saibam quantas crianças moram na casa. Além disso, coloca-se comida e bebida para os Reis e os camelos. Na manhã seguinte, as crianças encontrarão seus tão desejados presentes e os pratos e copos vazios.
 Bélgica
Os belgas começam a 6 de dezembro comemorando o dia de S. Nicolau (Papai Noel) em que no café da manhã comem um pão doce chamado "cougnolle». Depois montam e decoram lindamente a árvore de Natal e as casas. O peru recheado e sobremesas feitas com creme são as estrelas da época do Natal.

17/12/2015

APOIO AOS REFUGIADOS EM PORTUGAL

Portugal irá receber cerca de 4000 refugiados. Segundo os números divulgados, Portugal vai acolher, 400 refugiados que se encontram atualmente em Itália, mais 1.291 que estão na Grécia e 1.383 que chegaram à Hungria e outros. 
Os primeiros refugiados chegaram em outubro e novembro. O estado português mostrou, desde a primeira hora a sua disponibilidade de receber e acolher refugiados que carecem da proteção nacional.

plataforma de apoio aos refugiados (PAR)
 A PAR tem 238 instituições da sociedade civil a ajudar. Segundo Rui Marques, coordenador da PAR, já há uma capacidade de acolhimento para cerca de 650 pessoas. Esta organização foi constituída em setembro e um mês depois realizou-se, em Lisboa, a primeira assembleia geral da PAR, onde se fez o balanço da mobilização conseguida, tendo sido ultrapassadas as melhores expectativas. Foi ainda possível desenvolver um trabalho de sensibilização da opinião pública portuguesa para defender a causa do acolhimento de refugiados em Portugal.
Centro Português para os refugiados

 O coordenador da PAR explica que tudo o que esta iniciativa da sociedade civil conseguir será encaminhado para a “base de dados” que está a ser construída pelo Governo.
Tal como defende o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados deve haver uma primeira triagem, antes de os refugiados serem encaminhados para o seu destino final, diz Rui Marques. Um "centro de transição onde seja possível fazer o encontro entre as disponibilidades existentes e o perfil dos refugiados que vão chegar. Parece-me indispensável."

AJUDA HUMANITÁRIA PORTUGUESA

CARAVANA AYLAN KURDI

Após a iniciativa portuguesa da caravana Aylan Kurdi, em homenagem ao menino sírio que deu à costa morto e chocou o mundo, que partiu em setembro com cerca de 50 toneladas de bens, para os refugiados que estão na Croácia e na Sérvia, novos apelos vão surgindo. 


DOIS PORTUGUESES FORAM DE CARRO BUSCAR REFUGIADOS PARA DAR O EXEMPLO
O pedido veio pela rede social Facebook, através de dois portugueses. Pedro Policarpo, de 36 anos, e Nuno Félix, de 38 anos, que lançaram um desafio aos portugueses. Ambos pais, os dois sentiram necessidade de atravessar a fronteira para ajudar estas famílias refugiadas.
“Levaremos as carrinhas com que levamos os nossos filhos à escola até à fronteira da União Europeia, e cada um de nós ajudará a salvar uma família como a nossa”, lê-se no Facebook de Nuno Félix.
Mas também Pedro Policarpo escreve: “O Nuno Félix e eu vamos ajudar umas famílias de refugiados a vir para Portugal. Como isto anda, não vai ser fácil convencê-los. Contamos convosco para se juntarem a nós ou então só para fazer likes”.
"Não precisamos de esperar por uma autorização para fazer o está correto e o que é justo. Fazer o bem não pode ser ilegal. Em poucos anos os nossos filhos vão-nos perguntar o que fizemos para ajudar", explica Nuno Félix.

A partida foi no dia 25 de setembro, de Lisboa, chegaram,  no dia 28  a Zagreb - Croácia, e depois Subotica, na Sérvia.

20/11/2015

REFUGIADOS

Os alunos do clube da Europa da EB 2,3 de Vila Caiz estiveram a pesquisar e analisar notícias sobre o elevado número de refugiados que diariamente têm chegado aos países do sul da Europa e  que depois deslocam-se para outros países, atravessando fronteiras e enfrentando muitas dificuldades.

Refugiados são todas as pessoas que, em razão de fundados medos de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa de medos, não pode ou não quer regressar ao mesmo.

 ACIDENTES NO MEDITERRÂNEO
No Início de novembro, mais uma tragédia aconteceu na travessia do mediterrâneo, pelos refugiados. Morreram 14 pessoas no naufrágio de um barco de madeira que tentava chegar à ilha grega de Lesbos, vindo da Turquia. Sete dos mortos são crianças. A embarcação partiu do Noroeste da Turquia em direção à Grécia, mas acabou por se afundar a cerca de oito quilómetros de Lesbos, o principal ponto de entrada na Europa. A guarda costeira turca conseguiu resgatar 27 pessoas.
O barco afundou-se devido a uma tempestade. À medida que o Inverno se vai aproximando, também as condições de navegação no Mediterrâneo pioram. Os líderes europeus esperavam inicialmente que o mau tempo reduzisse o número de chegadas de refugiados e migrantes à Europa, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.
Mais de 3400 pessoas morreram ou desapareceram na viagem para a Europa só este ano, de acordo com os últimos números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, até agora incapaz de unir a Europa em torno de um projeto comum de asilo, alertou em Outubro para a chegada do frio e do mau tempo, dizendo que, sem ajuda, refugiados e migrantes podem morrer a caminho do Norte da Europa, por regra o principal destino de quem chega ao continente. (Agência turca de informação, Dogan).

HUNGRIA
“Se deixarmos entrar toda a gente, será o fim da Europa”, diz Orbán, 1.º ministro húngaro. No dia 3 de setembro de 2015, a Hungria encheu um comboio com refugiados que queriam ir para a Alemanha, mas fê-lo parar junto a um campo, para obrigá-los a registarem-se.
Imigrantes desesperados, depois de passarem vários dias na estação à espera que os comboios os levassem para a Áustria e Alemanha, atiraram-se à linha férrea e bateram-se corpo a corpo com polícias húngaros na estação de Bickse, a cerca de 35 km de Budapeste. Viram-se cenas de desespero, pais e mães com bebés de poucos meses a deitarem-se na linha, recusando-se a entrar nos autocarros e carros de polícia que os esperavam.

Na Hungria, a partir de setembro as autoridades começaram a impedir a entrada de migrantes e refugiados através da fronteira com a Sérvia, construindo um muro de arame farpado, ao longo de 175 Km, junto à ferrovia.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados manifestou preocupação, “todos os países devem ser livres de proteger as suas fronteiras, mas o encerramento das fronteiras húngaras retira os direitos àqueles que procuram asilo no país. É "muito importante" que não sejam colocadas barreiras às pessoas que fogem   da guerra, alertou o porta-voz Erno SImon.
Mas, cerca de 15 polícias fardados de azul colocaram-se junto ao muro e da ferrovia, impedindo a passagem de milhares de migrantes que pretendiam entrar na Hungria, enquanto outros polícias estendiam arame de um lado ao outro da via. Os migrantes procedentes da Sérvia que ali chegaram começaram a chorar ao ver que a passagem lhes estava vedada. A nova lei de imigração da Hungria, que prevê penas de prisão de três anos para quem entrar ilegalmente no país. (segundo a agência francesa AFP).


CROÁCIA E ESLOVÉNIA
Como deixaram de poder passar pela Hungria, os refugiados dirigiram-se para a Croácia e Eslovénia, onde em meados de setembro, já se encontravam mais de 9 mil refugiados, que querem seguir para a Áustria e Alemanha. Estes países, ativaram os mecanismos de proteção civil da União Europeia para pedindo apoio material aos parceiros comunitários. Uma representante da Cruz Vermelha eslovena explica que “a curto prazo, a situação está controlada: há roupa e cobertores suficientes e estão a ser distribuídas bebidas quentes e comida. O problema é a longo prazo”. O ministro croata do Interior anunciou que um novo centro de acolhimento de Inverno, com capacidade para receber mais de 5 mil, deverá estar pronto a 2 de novembro.