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Clube Europeu AEASC

31/10/2012

Durão Barroso - Presidente da Comissão Europeia



Durão Barroso foi fortemente vaiado à saída do Teatro Municipal de Almada, em Portugal.
 O presidente da Comissão Europeia tentou fugir várias vezes de cerca de uma dezena de manifestantes mas, sem alternativa, Barroso teve que cruzar-se com eles e os ânimos exaltaram-se.
Já ninguém acredita que haja solução para a crise que assola a União Europeia. No discurso de 12 de setembro de Durão Barroso, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, este defendeu a criação de uma Federação de Estados. Mas perante o aprofundamento da crise estrutural na UE e na Zona Euro, perante o crescente descrédito da UE e das suas instituições aos olhos dos trabalhadores e dos povos europeus. Esta proposta não resolve nenhum dos problemas com que os trabalhadores e os povos da Europa se defrontam, pelo contrário constituiria, a ser concretizada, um factor acrescido para o seu agravamento.
                Foi também apresentada a proposta de criação da União Bancária, atribuindo-se ao BCE o papel de supervisão bancária supranacional. Convém lembrar que o BCE é a entidade que, em nome de uma falsa independência, tem cumprido o triplo papel de lançar os Estados nas garras dos especuladores financeiros, de reduzir os custos de refinanciamento do grande capital e de promover a exploração do trabalho, por via da compressão dos salários. 
A União Económica e Monetária privou os Estados da Zona Euro da política monetária, ao mesmo tempo que lhes limitou fortemente a política orçamental e fiscal. Os resultados estão bem à vista, em Portugal e nas demais economias periféricas. Estes são instrumentos fundamentais para adequar as políticas públicas à situação, necessidades e anseios de cada país e de cada povo. Agora, pretende-se retirar do controlo dos Estados a supervisão e regulação do sector financeiro - sector fundamental para o financiamento das economias - que deixaria assim de estar sob controlo e escrutínio público, democrático. Tal facto, a verificar-se, seria a confirmação da falsidade da proclamada independência do BCE, facto aliás bem patente na forma como o BCE decidiu intervir no mercado secundário da dívida. 

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