Durão Barroso foi fortemente
vaiado à saída do Teatro Municipal de Almada, em Portugal.
O presidente da Comissão Europeia tentou fugir várias vezes de cerca de uma dezena de manifestantes mas, sem alternativa, Barroso teve que cruzar-se com eles e os ânimos exaltaram-se.
O presidente da Comissão Europeia tentou fugir várias vezes de cerca de uma dezena de manifestantes mas, sem alternativa, Barroso teve que cruzar-se com eles e os ânimos exaltaram-se.
Já ninguém acredita que haja
solução para a crise que assola a União Europeia. No discurso de 12 de setembro
de Durão Barroso, no
Parlamento Europeu, em Estrasburgo, este defendeu a criação de uma Federação de
Estados. Mas perante o aprofundamento da crise estrutural na UE e na Zona Euro,
perante o crescente descrédito da UE e das suas instituições aos olhos dos trabalhadores
e dos povos europeus. Esta proposta não resolve nenhum dos problemas com que os
trabalhadores e os povos da Europa se defrontam, pelo contrário constituiria, a
ser concretizada, um factor acrescido para o seu
agravamento.
Foi
também apresentada a proposta de criação da União Bancária, atribuindo-se ao
BCE o papel de supervisão bancária supranacional. Convém lembrar que o BCE é a
entidade que, em nome de uma falsa independência, tem cumprido o triplo papel
de lançar os Estados nas garras dos especuladores financeiros, de reduzir os
custos de refinanciamento do grande capital e de promover a exploração do
trabalho, por via da compressão dos salários.
A União Económica e Monetária privou os Estados da
Zona Euro da política monetária, ao mesmo tempo que lhes limitou fortemente a
política orçamental e fiscal. Os resultados estão bem à vista, em Portugal e
nas demais economias periféricas. Estes são instrumentos fundamentais para
adequar as políticas públicas à situação, necessidades e anseios de cada país e
de cada povo. Agora, pretende-se retirar do controlo dos Estados a supervisão e
regulação do sector financeiro - sector fundamental para o financiamento das
economias - que deixaria assim de estar sob controlo e escrutínio público,
democrático. Tal facto, a verificar-se, seria a confirmação da falsidade da
proclamada independência do BCE, facto aliás bem patente na forma como o BCE
decidiu intervir no mercado secundário da dívida.
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